segunda-feira, 29 de março de 2010

Semana Santa: Símbolos e Significados

A Igreja propõe aos cristãos os sagrados mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus, tornado Homem, para no martírio da Cruz e na vitória sobre a morte, oferecer a todos os homens a graça da salvação.

Domingo de Ramos
O Domingo de Ramos dá início à Semana Santa e lembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, aclamado pelos judeus. A Igreja recorda os louvores da multidão cobrindo os caminhos para a passagem de Jesus, com ramos e matos proclamando: “Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor”. (Lc 19, 38; Mt 21, 9). Com esse gesto, portando ramos durante a procissão, os cristãos de hoje manifestam sua fé em Jesus como Rei e Senhor.

Quinta-feira Santa
Celebramos a Instituição do Sacramento da Eucaristia. Jesus, desejoso de deixar aos homens um sinal da sua presença antes de morrer, instituiu a eucaristia. Na Quinta-feira Santa, destacamos dois grandes acontecimentos:

Bênção dos Santos Óleos
Entre os símbolos sacramentais usados pela Liturgia da Igreja, óleo simboliza a alegria e o perfume do Espírito Santo em nós. Assim como o óleo penetra no ungido, assim penetra a graça divina naquele que foi ungido sacramentalmente. O motivo de se fixar tal celebração na Quinta-feira Santa deve-se ao fato de ser este último dia em que se celebra a missa antes da Vigília Pascal. São abençoados os seguintes óleos: Óleo dos enfermos, Óleo dos catecúmenos e Óleo do Santo Crisma. Os dois primeiros Santos Óleos são abençoados e o terceiro, o Óleo Crismal, é consagrado na missa crismal que o Bispo celebra.

Instituição da Eucaristia e Cerimônia do Lava-pés
Com a Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde de quinta-feira, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e comemora a Última Ceia, na qual Jesus Cristo, na noite em que vai ser entregue, ofereceu a Deus Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou para os Apóstolos para que os tomassem, mandando-lhes também oferecer aos seus sucessores. Nesta missa faz-se, portanto, a memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Durante a missa ocorre a cerimônia do Lava-Pés que lembra o gesto de Jesus na Última Ceia, quando lavou os pés dos seus apóstolos.O sermão desta missa é conhecido como sermão do Mandato ou do Novo Mandamento e fala sobre a caridade ensinada e recomendada por Jesus Cristo. No final da Missa, faz-se a chamada Procissão do Translado do Santíssimo Sacramento ao altar-mor da igreja para uma capela, onde se tem o costume de fazer a adoração do Santíssimo durante toda a noite.

Sexta-feira Santa
Celebra-se a paixão e morte de Jesus Cristo. O silêncio, o jejum e a oração devem marcar este dia que, ao contrário do que muitos pensam, não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito diante da morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna. Às 15 horas, horário em que Jesus foi morto, é celebrada a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da cruz e comunhão eucarística. Depois deste momento não há mais comunhão eucarística até que seja realizada a celebração da Páscoa, no Sábado Santo.

Sábado Santo
No Sábado Santo ou Sábado de Aleluia, a principal celebração é a “Vigília Pascal”.

Vigília Pascal
Inicia-se na noite do Sábado Santo em memória da noite santa da ressurreição gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo. É a chamada “a mãe de todas as santas vigílias”, porque a Igreja mantém-se de vigília à espera da vitória do Senhor sobre a morte. Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal: a bênção do fogo novo e do círio pascal; a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a liturgia da Palavra, que é uma série de leituras sobre a história da Salvação; a renovação das promessas do Batismo e, por fim, a liturgia eucarística.

Domingo de Páscoa

A palavra “páscoa” vem do hebreu “Peseach” e significa “passagem”. Era vivamente comemorada pelos judeus do Antigo Testamento. A Páscoa que eles comemoram é a passagem do mar Vermelho, que ocorreu muitos anos antes de Cristo, quando Moisés conduziu o povo hebreu para fora do Egito, onde era escravo. Chegando às margens do Mar Vermelho, os judeus, perseguidos pelos exércitos do faraó teriam de atravessá-lo às pressas. Guiado por Deus, Moisés levantou seu bastão e as ondas se abriram, formando duas paredes de água, que ladeavam um corredor enxuto, por onde o povo passou. Jesus também festejava a Páscoa. Foi o que Ele fez ao cear com seus discípulos. Condenado à morte na cruz e sepultado, ressuscitou três dias após, num domingo, logo depois da Páscoa judaica. A ressurreição de Jesus Cristo é o ponto central e mais importante da fé cristã. Através da sua ressurreição, Jesus prova que a morte não é o fim e que Ele é verdadeiramente o Filho de Deus. O temor dos discípulos em razão da morte de Jesus, na Sexta-Feira, transforma-se em esperança e júbilo. É a partir deste momento que eles adquirem força para continuar anunciando a mensagem do Senhor. São celebradas missas festivas durante todo o domingo.

CURIOSIDADES:

A data da Páscoa
A fixação das festas móveis decorre do cálculo que estabelece o Domingo da Páscoa de cada ano. A Páscoa deve ser celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que segue o equinócio da primavera, no Hemisfério Norte (21 de março). Se esse dia ocorrer depois do dia 21 de abril, a Páscoa será celebrada no domingo anterior. Se, porém, a lua cheia acontecer no dia 21 de março, sendo domingo, será celebrada dia 25 de abril. A Páscoa não acontecerá nem antes de 22 de março, nem depois de 25 de abril. Conhecendo-se a data da Páscoa, conheceremos a das outras festas móveis. Domingo de Carnaval - 49 dias antes da Páscoa. Quarta-feira de Cinzas - 46 dias antes da Páscoa. Domingo de Ramos - 7 dias antes da Páscoa. Domingo do Espírito Santo - 49 dias depois.Corpus Christi - 60 dias depois.

Símbolos da Páscoa

Cordeiro: O cordeiro era sacrificado no templo, no primeiro dia da páscoa, como memorial da libertação do Egito, na qual o sangue do cordeiro foi o sinal que livrou os seus primogênitos. Este cordeiro era degolado no templo. Os sacerdotes derramavam seu sangue junto ao altar e a carne era comida na ceia pascal. Aquele cordeiro prefigurava a Cristo, ao qual Paulo chama “nossa páscoa” (1Cor 5, 7).
João Batista, quando está junto ao Rio Jordão em companhia de alguns discípulos e vê Jesus passando, aponta-o em dois dias consecutivos dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jô 1, 29 e 36).Isaías o tinha visto também como cordeiro sacrificado por nossos pecados ( Is 53, 7-12). Também o Apocalipse apresenta Cristo como cordeiro sacrificado, agora vivo e glorioso no céu. ( Ap 5,6.12; 13, 8).

Pão e vinho: Na ceia do Senhor, Jesus escolheu o pão e o vinho para dar vazão ao seu amor. Representando o seu corpo e sangue, eles são dados aos seus discípulos para celebrar a vida eterna.

Cruz: A cruz mistifica todo o significado da Páscoa na ressurreição e também no sofrimento de Cristo. No Conselho de Nicéia, em 325 d.C., Constantino decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo. Símbolo da Páscoa, mas símbolo primordial da fé católica.

Círio Pascal: É uma grande vela que é acesa no fogo novo, no Sábado Santo, logo no início da celebração da Vigília Pascal. Assim como o fogo destrói as trevas, a luz que é Jesus Cristo afugenta toda a treva do erro, da morte, do pecado. É o símbolo de Jesus ressuscitado, a luz dos povos. Após a bênção do fogo acende-se, nele, o Círio. Faz-se a inscrição dos algarismos do ano em curso; depois cravam-se cinco grãos de incenso que lembram as cinco chagas de Jesus, e as letras “alfa” e “ômega”, primeira e última letra do alfabeto grego, que significam o princípio e o fim de todas as coisas.


Fonte: www.comshalom.org/formacao

terça-feira, 16 de março de 2010

Cadê minha cara metade?

Se eu te convidasse agora para um lanche, garanto que algo do tipo vermelho e amarelo viria em tua mente não é? E se você tivesse a oportunidade de escolher pediria um número 4 ou número 6. Afinal, é pra já!

Vai um fast food ae?

Esperar não é nosso forte, vai me dizer que gosta de ficar horas e horas em uma fila?

Pior é quando a fila anda e você se vê cada vez mais longe. Angústia na certa!

E quando a espera pela pessoa certa, que seria apenas um tempo, se torna uma eternidade?

E o filme da vida que tem em média 90 minutos se torna um filme de 3 horas, dividido em duas partes em dois DVD’s?

O que fazer?

Será que você está na primeira ou na segunda parte deste filme?

Encontrar a pessoa certa depende de como você tem vivido este tempo de espera.

Somos muito imediatistas e não gostamos de esperar. Deixamos muitas vezes o medo e a ansiedade tornarem-se empecilhos à concretização das promessas de Deus em nossa vida. Mas se soubermos lidar com estes sentimentos, conquistaremos as promessas do Senhor no tempo certo!

Tem gente que espera de braços cruzados, reza todos os dias e pede a Deus a pessoa certa. Mas uma espera, sem esperança, sem atenção. Às vezes Deus já mandou e você por estar de braços cruzados, deixou a pessoa passar e não correu para o abraço.

É necessário estar atento as pessoas que estão ao seu redor, no seu grupo, na faculdade. Não se acha remédio em açougue e nem carne em farmácia, não é?

Gosto do salmo que diz “Esperando eu esperei”, saber viver esta espera com esperança, com ação. Se cuidar, se arrumar. Lógico não em vista de outro, mas para se sentir bem consigo mesmo! Só quando nos amamos poderemos amar o outro. Pois só damos o que temos!

E se você está sozinho te pergunto: será que não é preciso estar assim?

Embora não gostando da idéia de ficarmos sozinhos, às vezes a coisa que mais tememos é a coisa que mais precisamos. Não apenas podemos ficar solteiros um tempo, mas às vezes devemos ficar sozinhos um tempo. Se queremos encontrar o amor, precisamos nos conhecer antes de conhecer quem quer que seja. De outro modo podemos ficar tentando achar nossa própria identidade nos outros.

Ficar solteiro um tempo tem um propósito. Isso nos liberta para que possamos firmar nossos objetivos e sonhos na vida, para que possamos conhecer nossas paixões e como queremos melhorar o mundo. Isso abre nossos olhos. Ficar solteiro um tempo não significa ser solitário; ficar solteiro um tempo significa ter uma oportunidade de aprender a viver para os outros. Vivendo com propósitos estará fazendo crescer a pessoa certa que é você!

Às vezes no tempo a “sós” descobrirá que na verdade é chamado(a) a outra vocação. Como dizia PE. Leo: “Quando não achamos a tampa de nossa panela, podemos ser uma frigideira!”

Não importa a quantidade do tempo, mas a qualidade do tempo que você tem vivido.

Que sua oração, se torne também, a ação deste tempo!

Afinal, uma boa refeição para ser saboreada, requer um bom tempo de preparo!

Ou ainda prefere o fast food?

Esperando eu Espero seu comentário, rsr!

Adriano Gonçalves - Com. Canção Nova

segunda-feira, 15 de março de 2010

A parábola do filho pródigo resume a história da salvação


No Santo Evangelho, narrado segundo São Lucas capítulo 15, vemos que o amor do Pai é o fundamento da atitude de Jesus diante dos homens. Respondendo à crítica daqueles que se consideram justos, cheios de mérito e se escandalizam com a solidariedade para com os pecadores, Jesus narra três parábolas. Na do Filho Pródigo vemos que ela tem dois aspectos: o processo de conversão do pecador e o problema do “justo” que resiste ao amor do Pai.

Popularmente, nós a conhecemos como "A parábola do filho pródigo". Ela nos ensina a destacar a conversão na iniciativa de Deus. Em Sua Misericórdia, Ele prepara e aceita os primeiros sintomas de arrependimento. Como sempre, o Senhor está de mãos estendidas para nós. Quase nos toca, só falta um pequeno gesto nosso para que Ele nos abrace carinhosamente em Seu amor. Seu perdão é completo e sem reprovações. O Reino de Deus exulta de alegria quando um pecador é convertido.
Essa parábola [do filho pródigo] resume a história da salvação e constitui também uma síntese da história pessoal de cada um de nós. O filho mais novo se emancipa, fracassa e retorna. Da parte do pai é uma questão de amor e paciência. Da parte do filho é todo um processo psicológico de ida e volta, de fuga e retorno. Esse filho reflete uma situação comum na nossa humanidade: a imagem do homem pecador que se afasta de Deus e, depois, volta para Ele.

A saga do filho pródigo é uma história muito bonita, que mostra a grandiosidade de Deus e Seu infinito e misericordioso amor, e a nossa fragilidade, miséria e pecado. O filho mais novo reconhece seus erros e volta, arrependido, esperando o menos, ou seja, que o seu pai o aceite como empregado. É motivo de festa para o genitor.

Mas essa história nos alerta para um erro oposto: o farisaísmo. Muitas vezes, estamos mais perto de Deus do que outros irmãos, mas, mesmo assim, o nosso egoísmo nos afasta d'Ele. Achamos que merecemos mais, que somos melhores do que os outros. O filho mais velho é também pecador, considera-se perfeito e se revolta pela festa que o pai faz para o mais novo.

O pai sai ao encontro de ambos, um muda de vida e é justificado, o outro fecha-se em sua soberba e egoísmo. Mas este também é filho e também é amado. Como disse o pai: “Tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu”.

É tempo de conversão. Mas não somente para aqueles que se afastaram de Deus e retornam. É preciso haver conversão, com a mesma intensidade, entre os que se consideram muito bons e até melhores do que o comum das pessoas. Assim somos convidados nestes dias, que nos antecedem a celebração da Páscoa do Ressuscitado, para procurarmos um confessionário e fazer uma boa confissão auricular, individual, acusando nossos pecados e pedindo a Misericórdia de Deus pela absolvição sacramental de um sacerdote.

A conversão, que é preparada por Deus, mas que exige a nossa atuação, é um processo lapidador, que vai nos tornando sempre melhores do que éramos, mas nunca melhores do que nossos irmãos.

Se todos e cada um de nós nos déssemos as mãos, não haveria – como para o Pai celeste não há - melhores, nem piores. Haveria, sim, uma multidão que quer se salvar, salvando o mundo. Sozinhos, nada somos. Juntos, unidos, despidos de egoísmo, seremos os construtores de um mundo melhor, mais fraterno, cheio de alegria, felicidade e paz. Em suma, plenos de Deus.

Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora

segunda-feira, 8 de março de 2010

Acredite em você

Se você parar para observar durante seu dia, quantas vezes você diz NÃO, você se surpreenderia. Minha mãe sempre me dizia o quanto é importante a força da palavra, mas eu nunca dava muita atenção a isso, hoje eu percebo como ela tem razão. Muitas vezes nós colocamos tanta “energia negativa” nos nossos afazeres que nada dá certo, somos cheios de “nãos”, são tantos, que até Deus acaba recebendo sua cota de “não”.

Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro/ De hipocrisia
Que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais clara e farta/ Repleta de toda satisfação
Que se tem direito/ Do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
Que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar/ A força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina elegante e sincera
Com habilidade/ Pra dizer mais sim do que não
Hoje o tempo voa amor/ Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo o que há pra viver
Vamos nos permitir

(Tempos Modernos - Lulu Santos)

Essa canção sempre me motivou, ela me dá vontade de viver, de sair cantando pelas ruas, olhando para as pessoas e implorando, clamando que todos vivam plenamente. Para mim não é fácil entender esse medo que as pessoas têm de se entregar, eu não consigo entender como pessoas que dizem que são católicas, que dizem que acreditam em Deus, no Espírito Santo, elas não conseguem superar suas próprias barreiras. Admitem suas limitações, mas nada fazem para mudar essa situação e simplesmente se acomodam.
Enquanto não acreditarmos no poder do Espírito Santo em nós, continuaremos à margem de nossa própria vida. Se continuarmos pensando, e pior, proclamando que não somos capazes, que temos medo, que não conseguimos, realmente, isso deixará de ser pensamento para ser fato. Por tanto, acredite em você, acredite que Deus lhe escolheu para realizar coisas extraordinárias, Ele te deu um espírito de coragem e não de temor. Acredite que você é templo do Espírito Santo, que Ele pode realizar maravilhas em você, mas você precisa deixar, abrir seu coração e deixar que o medo não supere a vontade de realizar. O medo é normal, mas é preciso superá-lo, é preciso se entregar a Deus, como uma criança que se abandona nos braços de seu pai porque confia que ele estará lá para segurá-lo.
Se jogue. Acredite no seu poder. Acredite que dentro de você tem a força para conseguir o que quiser e essa força é o próprio Espírito Santo de Deus.

Ana Luíza