quinta-feira, 29 de julho de 2010
As devoções marianas - A Consagração à Nossa Senhora
quarta-feira, 28 de julho de 2010
As devoções marianas - Ladainha de Nossa Senhora
terça-feira, 27 de julho de 2010
As devoções marianas - As falsas devoções a Virgem Maria - O Santo Escapulário
segunda-feira, 26 de julho de 2010
As devoções marianas - As verdadeiras devoções a Virgem Maria - O Santo Rosário
domingo, 25 de julho de 2010
sexta-feira, 23 de julho de 2010
As devoções marianas - A mediação de Nossa Senhora - A Salve Rainha
Quem compôs esta prece tinha uma experiência muito viva das misérias da vida humana. Nesta prece “bradamos” como “degredados”, “suspiramos gemendo e chorando”, vemos o mundo como “um vale de lágrimas”, como um “desterro”... Entretanto, essa melancólica visão da vida acaba dissolvendo-se num sentimento de doce esperança que a ultrapassa e domina. Com efeito, se ao considerar a condição humana, o autor da prece só vê motivos de tristeza, ao fixar sua atenção naquela a quem a dirige, mostra-se animado por um horizonte de expectativas reconfortantes e consoladoras, pois ela, a Virgem Maria, é “mãe de misericórdia”... “vida, doçura, esperança”... “advogada” de “olhos misericordiosos”...
Captaremos melhor o estado de ânimo de que brotou esta comovente oração se lembrarmos quem a compôs e em que circunstâncias. Ela é atribuída ao monge Herman Cont
Foi no fundo de todas as misérias, as próprias e as alheias, que a alma de Frei Contrat elevou à Rainha dos céus essa maravilhosa prece, carregada de sofrimento e esperança, que é a “Salve Rainha”. Mas, se foi capaz de fazê-lo foi porque, no mais íntimo de seu ser cintilava, sobre a paisagem desolada do mundo, a figura esplendorosa e amável da Mãe de Jesus... Contam que, no dia do seu nascimento, ao constatarem o raquitismo e mal formação do bebê, seus pais caíram em prantos. Sua mãe Miltreed, mulher muito piedosa, ergueu-se então do leito e, lá mesmo, consagrou o menino à Mãe de Deus. Consagrado a Ela, foi educado no amor e na confiança em relação à Ela. E foi com essa bagagem na alma que anos mais tarde foi levado (de liteira, pois continuava sendo um deficiente físico) até o mosteiro de Reichenan, onde com o tempo chegou a ser mestre dos noviços, pois o que tinha de inapto seu corpo, tinha de perspicaz seu espírito.
Quando veio a ser conhecida pelos fiéis a “Salve Rainha” teve um sucesso enorme e logo era rezada e cantada por toda parte. Um século mais tarde, ela foi cantada também na catedral de Espira, por ocasião de um encontro de personalidades importantes, entre elas, a do imperador Conrado e a do famoso São Bernardo, conhecido como o “cantor da Virgem Maria”, pelos incendidos louvores que lhe dedicava nos seus sermões e escritos (ele foi um dos primeiros a chamá-la de “Nossa Senhora”). Dizem que foi nesse dia e lugar que, ao concluir o canto da “Salve Rainha” (cujas últimas palavras eram “mostrai-nos Jesus, o bendito fruto do vosso
quinta-feira, 22 de julho de 2010
As devoções marianas - As práticas interiores e especiais de devoção a Nossa Senhora - A Ave Maria
Salve! Eu e toda a corte celeste nos curvamos diante de ti e te saudamos Maria, Pérola, Princesa, Senhora!
Cheia de Graça,
Sim, eu, o Mensageiro de Deus, curvo-me diante de ti porque te reconheço escolhida, inteiramente pura, límpido reflexo da glória de Deus!
O Senhor é contigo!
Sem dúvida, vejo-o refletido em ti. Teu rosto transparece o Seu, a Sua presença transborda de todo o teu ser.
Bendita és tu entre as mulheres!
Eu, Maria, tua prima, e mulher como tu, te reconheço e proclamo bendita entre todas as mulheres de todas as gerações. Ninguém como tu foi escolhida para ser Mãe de Deus! Ninguém é nem será tão plenamente feliz e agraciada como és!
Bendito é o Fruto do teu ventre, Jesus!
Jesus, o Filho do Deus Vivo é Também fruto do teu ventre. Tens na gestação de sua vida papel único e insubstituível. Ele é também fruto teu no ventre e na formação, na carne e no sangue, na docilidade irrestrita a Deus que Ele mesmo gerou em ti.
Santa Maria,
Sim, eu, Igreja reconheço tua santidade incomparável e em tudo superior ao mais santo dos filhos de Deus, por tua eleição e pelo teu sim.
Mãe de Deus,
Maria, Mãe do meu Senhor, Mãe do Deus feito carne, Mãe do Deus que adoro e sirvo, Mãe de
Deus e mãe minha.
Rogai por nós, pecadores,
Tu, intercessora a serviço da Igreja, pede a Deus por nós os pecadores que a formamos. Sustenta-nos nas provas, ensina-nos teu exemplo, coloca-te entre a nossa miséria e a Onipotência Perfeitíssima, sê em nosso favor, Virgem Soberana! Ouve o nosso clamor!
Agora
Ora por nós neste tempo que se chama hoje. Lembra-te de nós e não nos desampare enquanto seguimos, peregrinos, as pegadas do Caminho.
E na hora de nossa morte.
Na hora da derradeira e definitiva passagem, traz o teu Jesus para ser páscoa conosco, dá-nos o arrependimento perfeito. Como boa Mãe, livra-nos de estar longe do Pai para sempre. Acolhe-nos nos teus braços como acolheste, nesta hora, o teu José em sua hora.
Amém
Sim! Assim seja! Como Jesus, como tu. Seja feita a vontade de Deus. A ela dizemos amém, como Igreja, como servos do Senhor. Faça-se também em nós também em nós seja cumprido o amém eterno de Jesus ao Pai
Também por nosso vida se cumpra este amém até que nada mais importe senão o cristo Crucificado, até que em nós se cumpra em favor do Seu Corpo o que nos cabe cumprir. Cumpra-se em nós, Igreja, o amém eterno que repetiste.
Repitam nossas almas este “sim” que jamais passará até que no céu, contigo, possamos arder em caridade e servir aos homens que tanto amas colocando-os contigo, diante de Deus.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
As devoções marianas - O culto a Maria.
O culto de Maria é tão antigo quanto a Igreja, remontando diretamente aos estímulos de louvor e de admiração a ela oferecidos pelo Novo Testamento.
Esse culto manifestou-se pouco a pouco ao longo dos séculos, segundo uma evolução especial. Nos primeiros séculos, estava inserido nas festas que celebravam os mistérios de Jesus Cristo, porque foi justamente d'Ele que Maria hauriu toda sua grandeza. Nisso não houve nenhuma preocupação de interpretação errada de tipo pagão, como às vezes se escreveu; era, ao contrário, cuidadosa atenção para não separar a proclamada obra da Mãe da do Filho.
Talvez tenham sido precisamente os pagãos, com Adriano, que tentaram sufocar o culto e a doutrina judeu-cristã sobre Maria já delineada em seus elementos fundamentais na primeira metade do século I. Maria esteve, portanto, presente no culto litúrgico da Igreja primitiva, até porque, como ensina a história, a teologia nasce da piedade e não ao contrário. Foram os títulos de "primeira entre os crentes" e de "testemunha privilegiada do mistério de Cristo" que justificaram e incrementaram o culto mariano.
Também o papel de intercessão junto ao Senhor, de advogada, como a define Ireneu, nasceu bem cedo. No final do século I e início do século II, alguns escritos apócrifos sobre Maria exerceram extraordinária influência não só sobre o culto e sobre a devoção popular, mas também sobre a pregação e sobre a arte religiosa. A devoção a Maria fundamentou-se, substancialmente, no modelo que ela ofereceu de vida de fé e de total abertura ao dom e à ação do Espírito Santo. Desde o século IV, Maria é louvada como magnífico modelo de vida virginal, entendida como sinônimo de santidade. Desde o século V, afirmou-se uma festa própria que celebrava a Mãe de Deus em união com o mistério da Encarnação do Verbo (por isso, a data da festa cai normalmente em dezembro, pouco antes do Natal).
No Oriente, os aspectos naturais de Nossa Senhora levaram, desde essa mesma época, a celebrar a festa da Natividade (8 de setembro), da Anunciação (25 de março), da Purificação (2 de fevereiro), da Assunção (15 de agosto), festas essas que entraram também nas liturgias ocidentais por obra do papa, de origem Síria, Sérgio I. Na Idade Média, difundiu-se no Ocidente uma particular piedade mariana que levou a substituir a Igreja por Maria. Isso a partir da constatação de que Maria permaneceu fiel a Jesus, mesmo durante os dias obscuros da paixão e morte, e somente ela, portanto, era a Igreja naqueles dias. Ela aparece como verdadeira mãe espiritual dos crentes, como a mãe de misericórdia e o socorro dos cristãos. Depois da escolástica, devido ao desenvolvimento da mariologia, foram celebradas as festas da Visitação (2 de julho), da Imaculada (8 de dezembro), da apresentação no Templo (21 de novembro).
Fatos particulares da cristandade pós-tridentina deram origem às festas do Rosário (7 de outubro) e do Nome de Maria (12 de outubro). Tornaram-se universais as festas que eram próprias de ordens religiosas, como a do Carmelo (16 de julho), de N. Sra. das Dores (15 de setembro), do Coração de Maria (22 de agosto) e várias outras que se originaram de devoções particulares, entre as quais a de Maria Rainha (31 de maio). A partir do século XI, desenvolveu-se entre os eclesiásticos, as pessoas religiosas e as confrarias o pequeno Ofício de Nossa Senhora, sempre presente nos livros das Horas. Nos séculos XVI e XVII, a piedade mariana assumiu às vezes formas aberrantes, especialmente na Itália, França e Espanha.
Foi atribuído a Maria em certo sentido o título de deusa e ela foi indicada como uma espécie de quarta pessoa da Trindade. Ao contrário, nos países atingidos pela Reforma tentou-se separar a Virgem de Cristo. De qualquer modo, os exageros do culto católico para com Nossa Senhora provocam nos protestantes um progressivo afastamento da piedade mariana. O culto a Nossa Senhora retoma fôlego em escala mundial na era contemporânea, sob o estímulo de eventos prodigiosos. São sobretudo as aparições de Maria em Paris na rue du Bac (1830), em La Salette (1846) e em Lourdes (1854) que voltam a dar-lhe vigor. O culto a Maria conhece um desenvolvimento tão forte também por reação à irrupção no cenário mundial de várias ideologias atéias, como o iluminismo, o liberalismo e o marxismo, bem como à difusão do modernismo. A teologia mariana do período padece, porém, de decadismo e de mediocridade.
Só no século XX é que surge um movimento mariano com objetivos e iniciativas elevados, denso de conteúdo teológico. As diversas Igrejas protestantes estão de acordo em reconhecer em Maria os três atributos de santa, virgem e mãe de Deus, atendo-se rigidamente às palavras da sagrada Escritura, sem deduzir delas outros privilégios. O culto prestado a Maria varia nas diversas Igrejas: em geral seu nome é lembrado nas orações a Deus enquanto mãe do Senhor; todavia, encontram-se também orações dirigidas diretamente a ela, mas somente por honra e louvor à mãe de Deus como modelo de fé e pelos benefícios com que foi gratificada por Deus. As devoções populares tiveram as mais válidas expressões na recitação do Angelus Domini, três vezes ao dia, bem como do santo rosário com a meditação dos quinze mistérios, no mês de maio. A devoção mais antiga (século IX) é a de dedicação do sábado a Maria e a que mais se divulgou foi a do canto das ladainhas de Nossa Senhora.
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